quinta-feira, 7 de abril de 2011

Barbarense hoje no Diario Insular.

TERMINOU COM A HEGEMONIA DOS CLUBES DO CONCELHO DA PRAIA

Barbarense campeão de futsal em juniores "A"



O Sport Clube Barbarense é o novo campeão da ilha Terceira de futsal, escalão de juniores "A" masculinos. Vencer o Campeonato Regional é o próximo objetivo.

O campeão da ilha Terceira de futsal, escalão de juniores "A" masculinos, é pela primeira vez uma equipa do concelho de Angra do Heroísmo, na circunstância, o Sport Clube Barbarense, o qual quebrou, assim, a crónica primazia dos representantes da Praia da Vitória, nomeadamente Fonte do Bastardo.
Para João Pedro Sousa (Turlu), um dos capitães de equipa, o título premeia aquela que foi a melhor equipa ao longo da prova.
"Sentimos muitas dificuldades desde o início da época, pois albergamos atletas de vários pontos da ilha, o que em termos logísticos, sobretudo no que concerne aos transportes, é complicado. Por outro lado, a maioria dos jogadores é de Santa Bárbara e treinámos quase sempre na freguesia do Porto Judeu. Só com um enorme espírito de sacrifício, tanto da parte dos diretores, colaboradores, treinadores e atletas, é que foi possível ultrapassar as dificuldades. Neste contexto, e levando em linha de conta o trabalho realizado ao longo da temporada, este título é um prémio justo. Fomos, de facto, a melhor equipa e acabámos o campeonato com cinco pontos de avanço sobre o segundo classificado", diz o jovem pivot.
Com a designação de Sport Clube Barbarense, este foi o primeiro ano de trabalho dos novos campeões da Terceira de juniores "A". No entanto, é a quarta época consecutiva em que surge pelo menos uma equipa de formação na modalidade de futsal em Santa Bárbara.
"Nos três anos anteriores competimos em representação da Casa do Povo de Santa Bárbara. Na época em curso apenas mudámos o nome do clube, atendendo a que a estrutura é praticamente a mesma. Quanto aos atletas, foi só alterar as cartas de um lado para o outro. As pessoas que prestam apoio à secção são também quase na totalidade as mesmas. Em suma, no fundo, apenas o nome da instituição é que mudou", sublinha.
O promissor atleta, de 18 anos de idade, realça a continuidade no trabalho como um dos segredos do sucesso, conquanto elogie os elementos que reforçaram o plantel.
"Muitos destes jogadores começaram a atuar juntos este ano. Em relação à equipa de juniores que perdeu o campeonato do ano anterior, embora com os mesmos pontos do vencedor, transitaram quatro ou cinco atletas. Subiram alguns juvenis e entraram quatro ou cinco elementos que se revelaram fundamentais. Houve ainda alguns de juvenis que nos ajudaram imenso. Fez-se um misto entre os atletas que atuam juntos há três/quatro anos e aqueles que chegaram", prossegue o antigo futebolista da formação do Sport Clube Lusitânia.
João Sousa considera, acima de tudo, "uma feliz curiosidade" o facto de o Barbarense ter acabado com a hegemonia praiense no campeonato local de juniores "A".
"Admito que pode ser interpretado como um feito histórico, atendendo ao domínio até agora exercido pelos clubes da Praia da Vitória, essencialmente a Fonte do Bastardo. No entanto, para nós não passa de uma feliz curiosidade, uma vez que o importante mesmo é ser campeão, independentemente da localidade geográfica. Claro que é de realçar o que aconteceu, mas, repito, fundamental foi a conquista do cetro", nota.
O Barbarense começou a época com o treinador José Carlos Rocha, o qual, no entanto, foi substituído em pleno campeonato pelo técnico dos seniores, Carlos Brasil. O nosso interlocutor deixa rasgados elogios a ambos.
"Como um dos capitães, acho que posso falar em nome do plantel. O José Carlos Rocha foi uma peça deveras preciosa neste projeto. Conquanto a maioria dos jogadores já tivesse as bases suficientes para efetuar um bom trabalho ao longo da época - atendendo aos três/quatro anos de prática de futsal -, foi com ele que realizamos a pré-temporada. Acontece, porém, que começámos mal, perdendo o Torneio de Abertura. No campeonato, houve uma altura em que estávamos em primeiro lugar, só que, infelizmente, a partir de determinado momento, a equipa quebrou, sofrendo várias derrotas consecutivas. Deste modo, baixámos algumas posições e ficámos a três pontos da liderança. A direção decidiu, então, mudar de treinador e a verdade é que se notou alguma diferença. Quando o Carlos Brasil assumiu o cargo de treinador estávamos a três pontos do comando e, no final, sagramo-nos campeões com cinco pontos de avanço. Tudo isto apenas em sete jogos", relata, a propósito, o futsalista de Santa Bárbara.


JOÃO SOUSA enaltece crescimento do futsal

João Sousa não esquece todos aqueles que contribuíram para a consumação deste título.
"É da mais elementar justiça reconhecer que sentimos desde a primeira hora o apoio incondicional de uma série de pessoas. Sem elas, com certeza que o título não teria sido possível e muito menos reuniríamos as condições que o clube oferece. O Barbarense apresenta, de facto, todos os requisitos logísticos para o desenvolvimento da modalidade. Sem querer ser injusto em relação a ninguém, temos que agradecer em especial ao presidente do Barbarense, João Sousa (Turlu); ao chefe do departamento de futsal, José Agostinho; ao treinador Carlos Brasil, que, além de orientar os seniores, se voluntariou para treinar os juniores, com enorme prejuízo profissional e pessoal; ao Ernesto Gouveia, atleta dos seniores que é um imprescindível suporte psicológico para nós; e, claro, ao inconfundível Paulo Bernardo (Kaboon)", justifica.
Garantido o campeonato de ilha, o Barbarense concentra agora atenções no regional. Continuar no caminho do sucesso é o desiderato estabelecido.
"O campeonato ainda está a decorrer, tanto na área de jurisdição da Associação de Futebol de Ponta Delgada como na da Associação de Futebol da Horta. Em São Miguel, o Capelense está muito bem encaminhado e, como tal, tudo indica que será um dos nossos adversários. Após as comemorações do título de ilha, o treinador Carlos Brasil falou connosco e definiu como próxima meta lutar pelo cetro regional. É mais um desafio, até porque jogo futsal há quatro anos e, durante este espaço de tempo, nunca uma equipa da Terceira ganhou o regional. A prova decorre no fim de maio. Queremos vencer o regional para ir à Madeira disputar a fase insular e, quem sabe, posteriormente o nacional", diz, com a ambição estampada no rosto.
Depois de destacar a força crescente que o futsal vem revelando em Santa Bárbara, a exemplo, aliás, do que sucede um pouco por toda a ilha, João Sousa alertou, em jeito de conclusão, para a necessidade de um pavilhão na freguesia.
"A falta de um pavilhão em Santa Bárbara é um enorme handicap. Tanto os diretores como os treinadores são da freguesia e ir treinar todos os dias para Angra do Heroísmo ou Porto Judeu acarreta vários prejuízos. A Serreta é razoavelmente acessível, mas convenhamos que um pavilhão na freguesia seria um passo em frente em todos os sentidos", remata.

1 comentário:

O que achaste deste Post? Deixa o teu comentário... o SC Barbarense agradece...